sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

2º etapa; Proposta 2: UEPG - Infância

Esse será meu primeiro texto narrativo que vou publicar no meu blog, eu fiz ele no dia 10/06/2010, na aula de produção de texto, esse texto valia apenas 3 pontos e tirei 2,08.

Porém quando muitas pessoas leram minha redação não gostaram muito dela pois abordei temas não muito comuns, se você for uma pessoa sensível não leia essa história. O que eu escrevi não tem ligação com a realidade, qualquer relação com um fato real é mera coincidência.

Vocabulário:

Cosendo: costurando.

Robinson Crusoé: um personagem naufrago de um livro de aventura, escrito em 1719.

Mangueiras: espécie de arvore.

Proposta 2: UEPG – Infância

No fragmento abaixo você tem o inicio de um texto narrativo. Respeitando as informações nele contidas (personagens, espaço), apresente um acontecimento que possibilite dinamismo à narração. A narração deverá ser em primeira pessoa.

“Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.

Minha mãe ficava sentada cosendo.

Meu irmão pequeno dormia.

Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé.”

(Infância – Carlos Drummond de Andrade)

Apenas Irmãos

Eu estava sentado entre mangueiras, enquanto meu irmão dormia, minha mãe cosendo, meu pai estava saindo pela porteira para passear pelo campo. Eu estava entretido embaixo das árvores lendo as aventuras de Crusoé, meu pai passa perto e me cumprimenta erguendo seu ridículo chapéu de cowboy, ele gostava desse estilo, com sua pistola no coldre do seu cinto.

Meu irmão tinha 9 anos, o nome dele era Plínio, garoto loiro e tímido, sempre quieto e isolado, não tinha muito convívio social, ele dormia bastante, como se não dormisse à noite, deve ser por isso que ele é tão bonito, muito sono de beleza.

Minha mãe, Natalia, era surda e muito calma e meio ‘desligada’, sempre pensava o melhor das pessoas.

Comecei a sentir fome, então saí da sombra das mangueiras e fui para casa. A casa estava longe, mas finalmente cheguei, estava tudo muito quieto, eu apenas ouvindo o som do vento nas folhas das árvores. Mas eu, Matheus, com meus 10 anos, sou um jovem corajoso e forte.

Aproximando-me de casa, avisto minha mãe caída no chão, corro para acudi-la, ela estava fria e sangrando, era tarde demais, ela estava morta, com um tiro no peito e outro na face, entre seus olhos, com ma face de decepção e tristeza em seu rosto pálido e manso.

Comecei a chorar em silêncio, segurando a mão da minha mãe. Até que ouvi um grito de dor, era o meu irmão.

Entro devagar na minha casa, ela estava vazia e fria, até o fogão à lenha estava apagado, com o chapéu de cowboy em cima dele.

Aproximo-me da porta do quarto do meu irmão, ouço meu irmão chorando, pelo som parece estar agitado, contorcendo-se na cama. Acho que ele viu nossa mãe na frente de casa, mas eu me enganei.

Ao abrir a porta, encontro meu pai em cima do meu irmão, ambos sem roupa, avisto a calça do meu pai e pego sua pistola que estava no cinto.

Atiro no meu pai.

Hugo Mattos

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