O que é familia? É Legacy!

Família, o que é família? O minidicionário Brasileiro da editora Edelbra na edição de 1996 por Alpheu Tersarol define família: s.f. O pai, a mãe e os filhos; pessoas do mesmo sangue; descendência; linhagem; (gram.) conjunto de vocábulos que tem a mesma raiz; (hist. nat.) agrupamento de gêneros ou tribos vegetais ou animais, ligados por analogias ou caracteres comuns; (sociol.) a comunidade formada por um homem e uma mulher, unidos por um laço matrimonial, e pelos filhos nascidos desse casamento.

Mas eu discordo com essa definição, pois eu não concordo que apenas isso é família, família não é apenas laços de sangue, sociais ou de gêneros de indivíduos pré definidos, pois essa definição leva a crer que homossexuais não podem formar uma família, e pela legislação brasileira não podem mesmo, mas quem são as pessoas para definir o que é família, e essa definição também diz que crianças adotadas não fariam parte da família ou que crianças órfãs não poderiam ter famílias, ou só poderiam depois que ficassem adultas e formassem uma família.

Mas e o afeto, ele não conta? Pela definição do minidicionário não, mas eu discordo, pois são as relações afetivas que definem tudo, principalmente a família, pois se não tivesse relações afetivas, não haveria casamento, ou talvez o sexo. Mas agora se considerarmos o afeto, minha definição de família muda um pouco pois afeto com as pessoas que realmente tenho um laço biológico não é muito, as vezes até inexistente, poucos parentes eu tenho uma afeição forte.

Um grande afeto, amor, carinho, eu tenho pelos meus colegas da Legacy, a melhor sala do Colégio Engenheiro Juarez Wanderley em 2010, mesmo tendo salas ótimas como a Deméter, El Dourado, Phenon, Bandeirantes, Ipanema, mas a Legacy foi a melhor, a única sala com 41 alunos, a sala mais feliz, com mais acontecimentos, mais perolada, mais surubenta, mais macho, mais incrível, mais unida, e muito mais linda que todas as salas de 2010 e dos anos anteriores. Cada um com suas qualidades, e agora vou falar de cada um, um pouquinho pois minha memória não é boa, e além das pessoas, vou falar de acontecimentos, nossas lindas perolas...

Ana Beatriz, o dinossauro roxo da Legacy, uma menina linda, fofa e muito perturbada, que fez muitas das perolas da Legacy, ela é muito divertida e alegre, e uma das coisas que lembro até hoje que mostra a ferocidade da Biana é quando eu vi a Ana Beatriz dando uma mordida no João no meio da aula de matemática por causa do chaveiro do Bob esponja. O mais legal dela é quando ela fala sozinha, na verdade são comentários do que ela ouve, até hoje eu lembro de um comentário que ela fez na aula de filosofia quando o professor Camilo estava falando sobre Paul Dirac e ela comenta sobre ele "Que amor de pessoa!".

Ana Carolina é uma menina estudiosa e calma, uma aluna exemplar e bonita ainda por cima, mas também tem suas perolas, a melhor e a única que eu me lembro é a do trabalho de artes que ela trouxe aquela calçinha vermelha que tinha um zíper para abrir pela frente, isso que é revelação.

Ana Laura, ela é uma menina muito gata, contei vários segredos para ela, conversei bastante com ela, apanhei dela com um pente, infernizei ela na 2ª etapa, mas ela foi ótima para mim, uma das pessoas com mais paciência comigo, ela é uma menina que apronta, e é muito safada, até hoje lembro de um teatro na sala, o teatro caipira que a Laura era a enfermeira, embora o Galdino de recepcionista tenha sido mais marcante, lembro dos conselhos dela, nem todos eu sigo, mas ela sabe dar conselhos.

André, um dos nerds da Legacy, ele é esquizofrênico, e tinha um amiguinho imaginário na sala, o César, ele é uma pessoa calma, mesmo quando eu falava umas coisas para ele, ainda continuava calmo, embora se envergonhasse fácil.

Bruna, minha companheira de viagem, todo dia indo para a escola com ela, conversando e vendo as coisas passarem pela janela, uma menina muito inteligente, ótima em espanhol, mas gabarita quase todas as matérias, ruiva que ama a Anahí cantora que fazia parte do RBD, além de me ajudar em meus pensamentos filosóficos diários.

Camila, ela é uma menina muito perigosa.

Carla, menina branquela, que escreve muitas cartas, fã dos Beattles, e uma ufologista de primeira, a primeira pessoa da Legacy que eu conheci, ela faz barulhos estranhos e muitas perguntas no formspring.

Carolina, a única menina que veio da minha ex-escola, para a minha sala linda, a Legacy, ela é uma pessoa boazinha, além de fazer parte das baixinhas gatinhas da Legacy.

Caroline, nossa única gremista, In your face.

César, o amigo imaginário do André, um menino baixo, muito quieto, ouvir a voz dele é algo raro, não tem muito o que falar dele, pois ele não é de falar muito.

Danilo, um menino de ouro, fã do Corinthians, sempre com suas piadinhas sem graça, mas de tão sem graça se tornam muito engraçadas, ele é um fominha de bola no futebol, ele faz a fama de roça de Taubaté, um legitimo caipira, como no teatro caipira.

Elisângela, a menina mais alta da Legacy, sempre tomava as rédeas das confusões na Legacy, sempre mantendo o foco nas coisas, e fazendo a sala ter foco.

Fernanda a loira, uma menina muito bonita, mas brava, acho que era comigo, mas tudo bem. Ela era uma das poucas meninas de fundão, ao lado do JP e do Feijão.

Gabriela, a versão menor da Verinha, nossa linda professora de história, ela foi minha companheira em vários momentos, um deles foi o teatro do Auto da Barca do Inferno, esse auto combina com ela, ainda mais por causa do seu desejo de pegar uma foice e matar todos vocês, ela ama humanas, disputou a olimpíada de história, mas o melhor é que ela é uma pessoa solidaria, dividindo sua comida no almoço comido, isso porque muitas vezes eu já tinha almoçado, eu sou o psicólogo dela, e ela é o psicólogo de todos, assim sou o psicólogo dos psicólogos.

Gabrielle, só para constar o Word sublinhou de vermelho o nome da Gabrielle pois achou que eu tinha escrito errado, mas é assim mesmo, Gabrielle com ‘e’ e dois ‘l’, ela é uma pessoa decidida e sensata, ela é ótima para conversar, muito carinhosa, principalmente com seu namorado, bate bastante no Gustavo.

Guilherme, o gay. O Kayanoki, Kamassutra, Kawazaki ou qualquer coisa parecida que você queira chamar, é o menino mais fofo da Legacy, e o único japonês da Legacy, ele é muito bonito, mas o que ele tem de bonito ele tem de caráter, ele faz parte do trio sedução da Legacy, o garoto tem muitas perolas como sua babylook no interclasses, muito talentoso, principalmente na dança do coelhinho.

Gustavo éééééééééééé demais, sempre com perguntas inteligentes ou não, menino da roça com tendências homossexuais, principalmente quando está perto do Guilherme, não tem como não ter tendências homossexuais perto do Guilherme.

Hugo (eu), esse é sem comentários, a marca registrada da Legacy, nem precisa ser da Legacy para saber quem é e como é.

Isabela, surubenta, no quadrado da Helen engravidando as meninas, sempre com suas conversas tendenciosas, mas ainda sim consegue ser uma menina linda que eu amo muito.

João Mario, um menino ingênuo, que ama os Estados Unidos, e ama o Leonardo e toca violino, mas se você provocar ele, ele vai dar um tapa na sua cara.

João Paulo, emo e dorminhoco, muito vagal, mas ainda sim seduz com seu RAWN, que tigron.

Leonardo, menino muito musculoso, amiguinho do Mario, que sabe de tudo, se você tem alguma duvida, pergunta pro Léo.

Letícia, a coisinha mais fofa da Legacy, uma menina muito ciumenta, principalmente com o Potter, loirinha, mas muito inteligente, parece uma bonequinha tarada agarrando as meninas, principalmente a Thais e a Natalia Magalhães.

Lucas Galdino, a recepcionista no teatro caipira, um menino mais gay que eu, mas não se engane, ele é muito macho, mesmo dizendo que o velho da academia é muito gostoso, ele é muito esperto também, nos ensinando a penetração na aula de biologia, ele ensinou tão bem que fomos até o SEP explicar isso para os orientadores Renê e Lilian, aproveitamos e explicamos para o diretor Jamerson, ele faz parte do trio sedução, mesmo não sendo tão bonito quanto o Guilherme, ele é muito romântico, pedindo a Thais em namoro na sala, o casal mais lindo da Legacy.

Maria Clara, ela é preta, e sempre está do lado de sua amigona branquela Carla, a Maria é a primeira pessoa que vejo numa metamorfose estranha, ela no inicio do ano, uma gótica, está virando uma restart colorida, ela é a evidencia mais clara como a escola afeta a mente dos alunos, ela é uma amigona mesmo, compartilho inúmeros segredos com ela, ela também é minha paciente como a Gabriela, mas é uma menina gatinha.

Marina, outra menina que bate bastante no Gustavo, mas ele merece, ela é muito inteligente, menina exemplar, e brava quando necessário, briga bastante com o Dutton, mas ainda sim são amigos.

Mateus Silva, mais conhecido como Feijão, ele tem um bundão, é um cara muito gente boa, faz amizade fácil com todos.

Mateus Dutton, o professor, o conquistador, o galã, o fodão, não tem como definir o Dutton.

N. Lopes, menina de pulso firme, sabe como colocar um homem no seu lugar, ela também é corajosa, enfrenta até cobra.

N. Magalhães, uma menininha perfeita, bonita e inteligente, mas ela não gosta desse titulo, pois além de bonita e inteligente ainda é humilde.

N. Pessanha, como as outras Natalias, é bonita e inteligente, mas o que mais impressiona é sua imparcialidade e justiça, com os olhos vendados, ama seus amigos, sem julgá-los pela aparência, com uma espada na mão defende as pessoas queridas com garra e força, e com a balança na outra mão, ela julga de forma imparcial o que é certo e errado, vai ser uma ótima juíza.

Raul, um cara muito esperto, nunca foi pego com seu DS, mas o mais legal foi quando ele perdeu a aposta e teve de fazer chapinha, ficou parecida com um índio.

Rodrigo, outro gatinho do trio sedução, e baterista do Mettáfora, a banda mais famosa do primeiro ano(com o Ulisses nela não tem como não ser famosa), ele possui um tanquinho divino, como o do Davi de Michelangelo, e também é um menino muito tímido, mas muito legal, foi uma tristeza muito grande quando a Legacy ficou sabendo que ele iria ser operado e ia ter de ficar um mês sem ele.

Samara, menina tarada, fala muita besteira e mora no Urbanova, ela adora bater nos outros, mas ainda sim é uma pessoa legal, mas não em todos os momentos, tem vezes que ela torra minha paciência, mas ainda amo ela.

Tatiane, uma menina com exatas na veia, sempre certinha, minha companheira mais antiga, desde a terceira série.

Thais, a menininha mais pequenina da Legacy, ela é muito linda e fofa, com sua voizinha linda, me lembro dela sempre, aquela lembrança dela dando o bom dia sozinha na aula de biologia.

Thainá , menininha que chegou depois, e ficou disputando o Guilherme comigo e com a Caroline

Tiago Almeida, o mais maior de grande da Legacy, e uma bomba atômica, movido a Muppy.

Tiago Oliveira, ou thithi, o ladrão de pão de queijo, o menino mais menor de pequeno da Legacy, mas muito malandrinho.

Vitor, um menino muito branquinho, um poetero dom muito talento, tem um dom para a escrita, como sua redação Saboretè, ele é o menino mais bonito da Legacy, e acho que o mais macho, talvez o único heterossexual na Legacy, ele além de bonito e inteligente, ele luta capoeira, eu já fui numa roda de capoeira com ele, e ele é muito bom, e muito bom e vagar, ele é o mais vagal da Legacy, e levava junto o Guilherme.

Giovana, a aluna numero 41, ela caiu de pára-quedas no meio do ano, muito filha de Bete mesmo, e muito safadenha, mas conquistou o coração da Legacy logo no primeiro dia.

Espero ter falado um pouco de cada um, com alguns me empolguei mais que os outros, ainda mais com o Guilherme, néh. Mas não podemos nos esquecer do Gustavo Rita, ele veio da Ipanema, mas é um Legacyano como todos os 41 ele é o 42.

Espero ter falado de todas as crianças!

Essa é minha família, não de sangue, mas de coração!

Legacy para sempre, para sempre no coração!

Legacy êo!

Hugo Mattos

Natal

O natal é uma festa que celebramos todo ano no dia 25 de dezembro, uma festa que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo, mas nós nem comemoramos o aniversario dele, nós fazemos uma festa para trocar presentes e comer em família, mas nem isso mais as pessoas fazem, agora durante as festividades de natal, muitas pessoas vão em shows e baladas para curtir esse feriado, antes do natal as pessoas fazem muitas compras, um bando de capitalistas. Mas a maioria das pessoas ainda se reúne, geralmente com a família, esse momento familiar parece algo tão bonitinho e fofo, que serve para unir e fortalecer os laços familiares.

Mas nesse natal eu percebi que o natal não serve para unir, ao menos não para mim, acho que agora é uma ferramenta para desunião, gastar e desperdiçar dinheiro. Para o natal eu fui para a casa da minha avó, mãe do meu pai, e a festa como nas outras vezes que foi na casa dela, teve muitos doces, e meu pai comeu a maioria mesmo sendo diabético, mas como resistir aos doces da minha avó, ela tem mãos de fada para cozinhar, mesmo que isso custe a vida do seu filho que vai morrendo pouco a pouco numa overdose de açúcar.

E meu avô, ele não estava presente na festa de natal, como minha avó se separou dele a vários anos, e ainda não gosta dele, ele não passou o natal com seus netos e filhos, passou o natal sozinho, pois ele mora na casa dos fundos da minha outra avó, mãe da minha mãe, que aluga o quarto para meu avô pai do meu pai, já que meu outro avô, pai da minha mãe morreu antes que eu nascesse. Minha avó materna viajou nesse natal para passar o natal com uns parentes distantes no sul do Brasil.

Depois do almoço do dia 25, após a família de um amigo da família ir embora, cada um foi pro seu canto, minha tia e minha mãe e minha bisavó foram para um quarto assistir TV, minha avó ficou na cozinha, eu e minha prima mais velha e meu irmão ficamos nos computadores, cada um com o seu, minha prima mais nova ficou correndo por ai, ela é uma criança, tem que correr, brincar e ser feliz, meu pai ficou no quintal consertando um computador de outro amigo dele conversava com meu tio. Como eu só estava fazendo downloads eu decidi andar um pouco pela casa da minha avó, fiquei intrigado, pois as senhoras que estavam no quarto estavam fofocando, até minha mãe que é uma pessoa fechada e meio “anti-social” que não gosta de fofocar, até esse dia eu acho, elas estavam falando da vida de outras pessoas que nem eram da família, bom, não da minha e sim da do meu tio, marido da minha tia, e por coincidência ele apareceu para conversa, e enquanto eu ouvia eles falarem eu via as coisas horríveis que as pessoas são capazes de fazer, não só pelas coisas que eles contavam em suas fofocas, mas suas opiniões, preconceitos, o modo de falar, os sentimentos que exalavam das suas palavras e expressões.

Como as pessoas numa data especial que celebramos o nascimento de Jesus, que é paz e amor, as pessoas se unem para falar mal dos outros?

Eu queria passar um momento em família, e realmente viver o verdadeiro significado do natal, e descobrir o que é natal, o que é família...

Hugo Mattos

Os gays devem ter direitos específicos?

Esses dias eu estava pensando nas minhas aulas de filosofia durante o ano, e lembrei-me de um assunto muito interessante, as cotas para os negros ingressarem na faculdade, e isso me fez refletir se isso era justo com os outros candidatos. Nesse mesmo tempo eu estava mudando de canais na TV, eu parei no programa MTV Debate, eu não conhecia o programa até esse dia, e o tema era “Os gays devem ter direitos específicos?”, isso me lembra o assunto sobre as cotas, devemos ter leis diferentes se todos somos iguais perante a lei?

No meio do debate eles levantaram a grande questão, “Nós somos iguais?”, nós obviamente diremos que não, pois somos fisicamente diferentes, até os gêmeos univitelinos tem suas diferenças, mas não é só a parte biológica que nos diferencia, mas também nossas idéias e opiniões, conhecimentos e sensações...

Como argumento foi citado os exemplos dos deficientes físicos, índios e negros. Na TV acompanhamos diversos casos de violências contra indivíduos que pertencem a essas minorias, e com os gays não é diferente, alias, é atualmente são os casos de violência contra minorias mais exposto pela mídia. Por esse motivo os gays deveriam ter direitos específicos.

Mas outro argumento foi que as pessoas não nascem gays, e ser gay é um comportamento adquirido ao longo da vida, e não uma condição do indivíduo, para sustentar essa tese foi usado muitos pensamentos freudianos, já que por esse argumento já se nasce negro ou índio, porém para ser realmente um índio, você tem que usar a terra como um índio, e realmente não tem como discutir se a pessoa realmente nasce negra, mas o Michael Jackson virou branco, né? Brincadeira. Mas o que caracteriza ser negro, ter a pele escura? Se for assim qualquer pessoa que pegar um bronzeado na praia pode se considerar negra, mas se for pela genética, a maior parte da população é negra, inclusive eu, pois possuo um antepassado negro, assim tenho direito aos mesmos benefícios que os negros. Por esse argumento os índios não deveriam ter uma legislação especifica, pois ser índio não é uma questão biológica, mas comportamental de como você usa a terra.

Toda essa discussão é por causa do comportamento humano, principalmente relacionado ao preconceito e a ignorância. Os negros só conseguiram uma legislação especifica por causa do preconceito que eles sofriam. Mas os negros também são pessoas, eles também tem preconceitos, alias, acredito que todas as pessoas tenham algum tipo de preconceito. Uma coisa que me chocou durante o MTV Debate, que o reporte pediu que um casal homossexual demonstrasse seu afeto em publico, e algumas pessoas se revoltaram com isso, e agrediam verbalmente o casal, entre essas pessoas estava um grupo de amigos negros, eles estavam zuando e falando mal do casal gay, e menosprezando os gays em geral. Eu fiquei indignado não só pelo fato da violência, mas também pelo fato que as pessoas negras já passaram em algum momento da sua vida por algum preconceito relacionado a sua tonalidade de pele, já que esse jovem negro que faz parte de uma minoria sabe como o preconceito é uma coisa ruim, como ele pode repetir isso a outra pessoa.

Por isso sou favorável a criação de uma legislação especifica para os gay, pois só assim as pessoas preconceituosas são punidas de forma legal por seus atos de violência. Mas só isso não basta, acredito que uma educação cidadã também é essencial para evitar e possivelmente erradicar o preconceito.

Hugo Mattos

Terceiro ano de 2010

Terceiro ano.

Tão estranho ver vocês alegres nesse final de ano, enquanto o primeiro e o segundo ano choram feitos bebê porque estão se separando e indo para salas diferentes, vocês conseguem manter o sorriso no rosto mesmo sabendo que vocês vão se separar, mas não estarão juntos no mesmo corredor, na mesma escola, mas estarão longe uns dos outros, a maioria de vocês em cidades distantes daqui, incrível como não choram, aliás, ficam felizes com o fim.

É triste ver vocês saindo do Juarez, embora eu não tenha um contato próximo com o terceiro ano, ainda assim farão falta, não ver mais vocês pela escola, será um vazio, e o segundo vai tomar o lugar de vocês, vamos ficar sozinhos.

A alegria de vocês será a maior lembrança de vocês, durante o interclasses as lembranças da vibração de vocês, as vezes que vocês desciam a rampa atrapalhando as nossas aulas e enchendo de animação o primeiro ano. Vocês são muito alegres, cada um com um modo diferente de espalhar a alegria, uns são dançarinos, outros cantam muito, alguns são mestres na arte do migué(e acabam ensinado para o primeiro).

O ano de vocês é incrível, são ótimos resultados nos vestibulares, além de animados são dedicados com o estudo. Mas é uma pena que isso ta durando tão pouco.

"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,que o medo impeça de tentar.Desconfie do destino e acredite em você.Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

de (Luis Fernando Verissimo)

Cada trecho desse texto lembra o terceiro!

Cabe aos leitores fazerem essa relação, mas sinceramente espero que não tenha leitores, pois o que escrevo, certamente já gastei uma lagrima por causa disso.

O tempo continua e o fim da turma de 2008 ta chegando, sentirei saudades do terceiro, sempre terão um lugar como deuses na escola: Deméter, Hefesto, Eros, Palas, Ares.

"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."

de (Mário Quintana)

Hugo Mattos

2º etapa; Proposta 2: UEPG - Infância

Esse será meu primeiro texto narrativo que vou publicar no meu blog, eu fiz ele no dia 10/06/2010, na aula de produção de texto, esse texto valia apenas 3 pontos e tirei 2,08.

Porém quando muitas pessoas leram minha redação não gostaram muito dela pois abordei temas não muito comuns, se você for uma pessoa sensível não leia essa história. O que eu escrevi não tem ligação com a realidade, qualquer relação com um fato real é mera coincidência.

Vocabulário:

Cosendo: costurando.

Robinson Crusoé: um personagem naufrago de um livro de aventura, escrito em 1719.

Mangueiras: espécie de arvore.

Proposta 2: UEPG – Infância

No fragmento abaixo você tem o inicio de um texto narrativo. Respeitando as informações nele contidas (personagens, espaço), apresente um acontecimento que possibilite dinamismo à narração. A narração deverá ser em primeira pessoa.

“Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.

Minha mãe ficava sentada cosendo.

Meu irmão pequeno dormia.

Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé.”

(Infância – Carlos Drummond de Andrade)

Apenas Irmãos

Eu estava sentado entre mangueiras, enquanto meu irmão dormia, minha mãe cosendo, meu pai estava saindo pela porteira para passear pelo campo. Eu estava entretido embaixo das árvores lendo as aventuras de Crusoé, meu pai passa perto e me cumprimenta erguendo seu ridículo chapéu de cowboy, ele gostava desse estilo, com sua pistola no coldre do seu cinto.

Meu irmão tinha 9 anos, o nome dele era Plínio, garoto loiro e tímido, sempre quieto e isolado, não tinha muito convívio social, ele dormia bastante, como se não dormisse à noite, deve ser por isso que ele é tão bonito, muito sono de beleza.

Minha mãe, Natalia, era surda e muito calma e meio ‘desligada’, sempre pensava o melhor das pessoas.

Comecei a sentir fome, então saí da sombra das mangueiras e fui para casa. A casa estava longe, mas finalmente cheguei, estava tudo muito quieto, eu apenas ouvindo o som do vento nas folhas das árvores. Mas eu, Matheus, com meus 10 anos, sou um jovem corajoso e forte.

Aproximando-me de casa, avisto minha mãe caída no chão, corro para acudi-la, ela estava fria e sangrando, era tarde demais, ela estava morta, com um tiro no peito e outro na face, entre seus olhos, com ma face de decepção e tristeza em seu rosto pálido e manso.

Comecei a chorar em silêncio, segurando a mão da minha mãe. Até que ouvi um grito de dor, era o meu irmão.

Entro devagar na minha casa, ela estava vazia e fria, até o fogão à lenha estava apagado, com o chapéu de cowboy em cima dele.

Aproximo-me da porta do quarto do meu irmão, ouço meu irmão chorando, pelo som parece estar agitado, contorcendo-se na cama. Acho que ele viu nossa mãe na frente de casa, mas eu me enganei.

Ao abrir a porta, encontro meu pai em cima do meu irmão, ambos sem roupa, avisto a calça do meu pai e pego sua pistola que estava no cinto.

Atiro no meu pai.

Hugo Mattos