segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ode a estela

Deitado na minha cama te vejo
Da janela do meu quarto
Ponto brilhante no céu
Sempre quieto
Aparentemente Parado
Inico de Capricornio
Capricornio que escapou de Tifon
Mas você não pertence a essa constelação
Estrela que parece isolada
Quieta e calada
Sempre quieta
Observando o nada
O brilho das estreas não ofusca
Seu brilho é mais intenso
Vivo e verdadeiro
De grande magnetude

Apenas penso no meu quarto
Quero estar ao seu lado
No infinito
Cercado pela escuridão
Apenas seu brilho para me guiar
Ja me guio por seu brilho ofuscado
Pelas luzes artificiais
Pelos errantes sem luz
Pela distancia Ano-Luz

Mesmo se eu soubesse voar
Dessa Terra não iria decolar
Apenas Para estar perto do seu brilho
Você é uma estrela
Não me entende
Um ser com tanto brilho
Mas sua visão não o deixa ver
Apenas mira as estrelas distantes
Sonhando em brilhar como elas
Mas você já brilha
Quero seu brilho para mim
Para dormir em paz no meu leito

Eu não consigo te alcansar
Por isso peço
Deça do céu
venha até mim
Seja um astro caido
Se junte a mim num errante
Que você dara inumeras voltas
Seremos binarias
Errantes binarias
Binharias em um errante
Para que no inicio da noite
Seja o nosso final
Na cama Olhando acima do quintal

Mas nunca irá querer ser errante
Nunca conseguirei ser uma estrela
Binarias jamais
Sou errante e gosto disso
Errantes não sobrevivem a uma estrela
Seu calor é muito intenso
Despedaça o corpo
Sua gravidade é intensa
Força que arrebenta
Setarei sempre distante
Observando assima da Sextante
Seu brilho não alcansado
Mas ilumina meu quarto

Sou errante
Seu errante
Numa elipse
Vocé está nos focos
Insignificante proximo ao seu brilho
Me puxa para perto
Me joga e afasta
Me faz girar
Rodanto na cama
De um lado para o outro
Tentando não te olhar
Mas seu olhar em minha mente está
Mas nada ela pode criar
Em minha fria alcova
Seu calor estrelar
Brilho encantador
Isso minha mente não pode criar
Mas quando tu quiser
Pode se deitar
Para eu apenas contemplar

Sou errante
Mas sou mais forte que a Sextante
Te defenderei minha estrela brilhante
Farei que tenha maoir brilho que Rigel
Escorpião não vai te picar
Os cães você vai ordenar
Pois os céus eu sei que você vai dominar
No final numa cama vai estar

Serei o errante mais ousado
Segurarei primeiro onde está Mintaka
Decerei com a outra mão em Alnintak
Cruzarei todo seu cinturão
Meus labios errantes não chegam a boca
Proximo chegam a Betelgeuste
Mas logo quero estar abaixo de Alnintak
Se deitara como Netuno
E chegaremos a Venus
Ficaremos como Netuno
Mas estaremos na Terra
Na terra vamos deitar
A luz das estrelas descansar
Da cama não estarei mais a te olhar




Hugo Mattos

Nenhum comentário:

Postar um comentário