sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Saudades é uma coisa terrivel.

Saudades é uma coisa terrível, é um sentimento que não acaba até você reencontrar a pessoa querida que você não vê a muito tempo, mas o ruim não é a saudades, mas sim quando você não pode acabar com ela, quando você esta separado por grandes distancias ou por pequenas, mas pequenas distâncias que não temos como atravessar, apenas imaginar como a pessoa que queremos que esteja perto de nós esteja.

Minhas saudades são muitas, são de pessoas queridas que conheci em vários lugares, mas a primeira que vou falar é da minha escola, EMEF Professor Waldemar Ramos, tenho saudades de alguns colegas e professores, mas de lá eu tenho saudades dos baixinhos que eu conheci no ultimo ano que estive no Waldemar Ramos, e são eles que mantenho mais contato, principalmente com o Evandro Shinzato, um japonês muito baixinho, mas graças a internet eles não são os únicos, tenho saudades de muitos professores do Waldão, apelido carinhoso da escola, Até mesmo dos professores que mais pegavam no meu pé, principalmente a Ana Helena de Artes e sua irmã Celinha da aula de Artes Plásticas, elas realmente são professoras rígidas, mas não são as únicas que mantém os alunos em rédeas curtas, a professora Cristina F. Soares (fiz questão de colocar o F. do nome dela, só não ponho por extenso pois ela poderia me estraçalhar) que sempre foi a queridinha dos alunos, sempre conseguia manipular a sala e ainda manter os alunos felizes, principalmente com O Jogo da Corrida, que me ajudou a memorizar a matéria, eu quase sempre ganhei o jogo, não só porque eu sou bom em história mas também porque eu tenho sorte, foi graças a ela que comecei a gostar de história.

Mas não só historia me agrada, a área de biológicas é fascinante, e o professor Perez de ciências sempre tirava nossas duvidas em assuntos científicos, de um jeito bem humorado, mas não só ele era próximo dos alunos o suficiente para conversar sobre qualquer coisa que os alunos tem duvida, o professor Rogério Fernandes de Educação Física era uma espécie de psicólogo dos alunos, ele dava conselhos, agia quase côo um pai, só que mesclado com amizade e professor, já que ele não podia ficar sem dar aula, mas havia outro Rogério, o Rogério Lima de Historia que era um professor rígido, que cobra dos alunos e não deixa os alunos controlarem a sala, e ele também é casado com a professora Sucirley de Geografia, que eu amo, e eu visitava ela sempre nos intervalos, e foi assim que conheci os baixinhos dos outros anos. Anos inesquecíveis como baixinho, com a professora Vânia na 3ª serie, coitada, eu era uma praga, já na 4ª veio as professoras Rita e depois a Olivia, que sempre nos chamava de sapo do brejo, mas isso é passado, quero pensar no futuro.

Profissional do Futuro é uma matéria de escola que ensina a gente virar empreendedores, e no meu primeiro ano nessa matéria, a minha professora foi a mesma professora que deu aula para mim na 2ª serie, a professora Claudia, não lembro muito da 2ª serie, mas lembro do 8º ano( antiga 7ª serie) que ela me defendia, pois sabia que nesse ano as coisas estavam tensas para mim, até hoje me lembro de uma vez que ela repreendeu a Orientadora Educacional Maria do Carmo por ficar me ofendendo, não foi a única professora que me defendeu da Orientadora, mas ela foi me salvar de maneira valente, direta, firme e forte, a força que me lembra a professora Ana Claudia Machado tinha para conseguir dar aula, ela tinha asma, e teve varias crises de asma na escola, eu ficava assustado, mas ela mesmo assim conseguia dar aula, as aulas de português eram divertidas, e a volta para a casa também, já que voltávamos no mesmo onibus, embora ela tenha ficado só alguns meses de 2008, pois a professora Maria Cristina tinha saído da escola mas ela voltou para dar aula para minha sala, todos os 4 anos finais eu tive aula com a professora Maria Cristina, e que depois desse período fora ela teve muitas historias para contar, mas fora da escola ficou a professora Claudia, que não continuou dando aula de Profissional do Futuro, quem entrou no seu lugar foi a professora Yara, que ela é um doce de pessoa, principalmente quando dava bala, ela nos ensinou muita coisa sobre como montar uma empresa, mas o mais legal eram as historias que ela contava sobre historias de sucesso de pessoas empreendedoras.

Falando em história me lembro das histórias que a professora Kátia contava na Sala de Leitura, eu lembro que lá era um local que eu gostava de visitar, mas eu raramente encontrava algo que eu gostasse de ler, eu apenas ia lá para conversar com a professora Kátia, mas ela sempre insistia comigo no hábito de leitura, mas eu não encontrava nada que eu gostasse de ler até eu entrar na minha escola no ensino médio e encontrar livros que me interessaram e agora depois de muito tempo eu aprendi a ler livros, livros sempre vão me lembra a professora Maria Cristina de Português, pois no ultimo ano ela fez o projeto com a sala de construir um livro com histórias sobre a adolescência, o livro ficou lindo e guardo ele com muito carinho, além disso ela também já escreveu um livro e quando ela se mudou da sua casa para um apartamento ela começou a dar um livro para cada aluno que acertava uma pergunta oral, ela também insistia no habito de leitura e escrita, com ela tomei gosto em escrever, mas nem tudo gosto de escrever, principalmente em outra língua, como a língua inglesa, mas a professora Monica insistia em ensinar uma língua estranha para nós, mas vejo como isso é necessário atualmente, pois se não fosse isso eu não conseguiria estar indo bem na matéria agora, ela me mostrou que mesmo o que não gosto é necessário, mas outra coisa necessária é comida, principalmente doces, e não sei porque sempre são as professoras de Matemática são as que vêem a necessidade deles, como a professora Beatriz que como a professora Maria Cristina fazia com os livros, ela fazia usando bis e pirulitos, isso era uma delicia, e a professora Arlene ia mais além, ela dava muito mais doces, doces que eu nunca havia visto na vida, eles eram muitos gostosos, a matemática é realmente linda.

Como a professora Waldirene sempre dizia, a matemática é linda, e eu concordo, a professora Waldirene é incrível, além das aulas no Waldemar Ramos, ela dava aula no Projeto Decolar( Agora é Programa Decolar), pois como eu amo matemática, e queria aprender mais, então ela me ajudava nisso, e depois de se envolver tanto no Programa Decolar, que parou de dar aulas em escola e virou facilitadora do Decolar, foi ótimo a facilitadora Edilene ser do Decolar, pois ela e a Waldirene são grandes amigas e uma ajudou a outra a crescer o Decolar, mas as duas não são as únicas facilitadoras.

Mas não vou falar dos facilitadores agora, vou deixar isso para a segunda parte!




Hugo Mattos

sábado, 1 de janeiro de 2011

Um pouco antes de 2011

Agora são 20:43 do dia 31 de dezembro de 2010, mas isso só será publicado no dia 1 de janeiro de 2011 pois estou na casa da minha avó e aqui não tem internet, cheguei a pouco tempo aqui e estou muito triste e bravo, pois eu vi uma cena chocante no caminho entre meu apartamento e a casa da minha avó, essa cena foi em algum lugar no meio da Vila Industrial, um bairro da zona leste de São José dos Campos – SP.

Eu vi um homem de meia idade moreno agarrando o pescoço de uma mulher negra numa esquina, eu percebi o desespero, a dor da mulher na cara dela, fiquei horrorizado com aquilo, dava para perceber ela chorando e ele gritando com ela, eu apenas passei por aquela esquina, pois meu pai estava cortando caminho por dentro do bairro para chegar a um posto de combustível. Eu perguntei para minha mãe:

-Mãe, você viu aquilo?

-Sim

-Você não vai ligar para policia?

-Não

-Por quê?

-Porque não é problema nosso – Meu pai fala. –

Tentei argumentar com meu pai que isso era sim problema nosso, que nós deveríamos ter chamado a policia, mas isso foi em vão, como eu não sabia a rua em que estávamos, eu não pude ligar para a policia. O único argumento que ele teve para não ligar para a policia era que ele não conhecia a mulher.

Mas como assim, só porque ele não conhece a mulher ele tem que ignorar o problema dela assim, isso é desumano, nem minha mãe intercedeu pela mulher, ela apoiou meu pai. Quando ela apoiou o meu pai, foi como se eu perdesse o chão, minha mãe sempre foi a pessoa ética em casa, sempre defendia os princípios certos, os princípios humanos, católicos, defendia a vida em toda a forma, e agora quer apena ignorar essa mulher porque é o ultimo dia do ano e que festejar na casa da minha avó.

Não pensei que minha mãe tivesse tanta frieza em deixar um ser humano sofrer, uma mulher, talvez mãe, mas eu não sei, como meu pai disse, eu não conheço ela, nenhuma das duas, e eu achava que conhecia minha mãe, mas não conheço.

Como nós podemos dizer que conhecemos alguém, não podemos ter certeza, as pessoas escondem segredos, mentem, omitem. E mesmo assim nos importamos com as pessoas, mesmo sem conhecer, nós a amamos, cuidamos, e nos preocupamos. Isso é questão de amor, não de conhecimento.

Se importar com alguém é questão de conhecimento?

Então meus pais não se importam comigo, eles não me conhecem.

Meus pais não sabem quem são meus amigos, não sabe o que gosto de comer, o que gosto de ouvir, o que gosto de vestir, o que gosto de usar, o que gosto de fazer, o que gosto de olhar, o que quero falar, com quem quero estar, e com que não quero. Eles apenas supõem algumas coisas, mas saber não sabem, acho que só meu nome eles tem certeza, mas eu quero mudar o nome, então logo nem isso saberão mais.

Então porque meus pais dizem que se importam comigo, se eles não me conhecem?

Então o ato de se importar tem haver com sentimento?

Bom, é a melhor opção, pois isso significaria que eles sentem algo por mim.

Mas se essa for a opção, quero entender como sou filho deles, eu amo o próximo, eu gosto das pessoas, por piores que sejam, eu me importo, mesmo que eu não conheça, me importo, mesmo que eu nunca tenha visto eu me importo.

Agora vejo que minha mãe deve ser uma hipócrita, ou pelo menos ter sido hipócrita naquele momento, pois eu me lembro que quando ela começou a usar o e-mail ela sempre que recebia um slide de criançinhas passando fome na África, ou sendo exploradas na Ásia, ela me enfiava, e me obrigava a ver os slides para que eu me importasse e ver como eu tenho sorte de ter uma casa, uma família( que família néh?), mas ela também dizia que eu deveria me importar com os outros. Mas ela não se importa com os outros, porque eu devo? Eu não devo me importar, mas eu quero me importar, quero que as pessoas sejam bem tratadas, não sejam humilhadas, oprimidas, agredidas, rejeitadas.

As pessoas não deveriam ignorar os problemas que estão envolta dela, mesmo que pareça que não vai afetar diretamente, pois um dia pode ser com alguém que essa pessoa se importe.

Mas não é só isso que me tortura, também me tortura o que não sei, me pergunto se a mulher está bem, se isso vai acontecer novamente, e se isso vai causar coisas piores apenas porque não chamamos a policia.

Espero que a mulher fique bem.

Boa sorte a todos.

Feliz 2011!

Se puder...




Hugo Mattos